Se você está acompanhando a Copa do Mundo de Clubes, provavelmente notou que as casas de apostas esportivas estão em destaque. Elas ocupam um espaço considerável nos uniformes das equipes, e isso não é à toa. Aproximadamente 30% dos patrocínios máster dos times na competição vêm dessas empresas.
Dos 32 times na competição, nove exibem logotipos de casas de apostas na parte da frente de suas camisas. Isso inclui times sul-americanos como Palmeiras, Flamengo, Fluminense, Botafogo, River Plate e Boca Juniors, além do Monterrey, do México, o Porto, de Portugal, e a Inter de Milão, da Itália.
Os especialistas afirmam que essas empresas apostam na exposição global para atrair novos clientes. O mercado de apostas é relativamente novo, mas já está injetando muito dinheiro e ajudando os clubes a se manterem financeiramente equilibrados.
As casas de apostas não estão sozinhas na corrida por patrocínios. Empresas de turismo, telecomunicações, automóveis e bebidas também estão investindo. O que realmente chama a atenção é a previsão de que o valor dos patrocínios máster dos 20 times da Série A deve alcançar R$ 988 milhões em 2025, representando um crescimento de 70% em comparação ao ano anterior!
Setor de Patrocínio | Número de Times | Porcentagem |
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Apostas Esportivas | 9 | 30% |
Turismo e Viagens | 6 | 18,8% |
Telecomunicações | 4 | 12,5% |
Automóveis | 3 | 9,4% |
Serviços Financeiros | 2 | 6,3% |
Bebidas | 2 | 6,3% |
José Sarkis Arakelian, consultor e professor da FAAP, comenta que o mercado de apostas é muito parecido e que as empresas precisam ser criativas para se destacar. Para muitos, a experiência do usuário é similar, fazendo com que o foco mude para marca e confiança.
Enquanto isso, clubes europeus como PSG, Real Madrid e Manchester City têm patrocínios de grandes empresas aéreas. Arakelian acredita que, apesar de os times brasileiros não terem o mesmo poder financeiro, eles estão se equiparando a clubes europeus de segunda linha.
Com o aumento dos patrocínios, os clubes brasileiros têm mais dinheiro para investir em seus elencos. Isso faz com que jogadores que antes iriam para a Europa agora optem por jogar no Brasil. Após a vitória do Flamengo sobre o Chelsea, o técnico Filipe Luís afirmou que acredita que os brasileiros estão competindo no mesmo nível que os clubes europeus.
As estimativas de Alexandre Fonseca, CEO da Superbet, indicam que o setor de apostas deve movimentar cerca de R$ 2 bilhões em patrocínios e publicidade no esporte até 2025. Isso inclui contratos com clubes, naming rights de campeonatos e arenas, além de presença em mídias.
Ano | Valor Estimado (R$) | Crescimento |
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2024 | 580 milhões | - |
2025 | 988 milhões | 70% |
Contudo, nem tudo são flores. O dinheiro das apostas pode ajudar a formar elencos competitivos, mas se não vier acompanhado de uma boa gestão, pode não ser suficiente. O Corinthians, por exemplo, possui um grande contrato de patrocínio, mas enfrenta sérios problemas financeiros.
Victor Bueno, da Nord Investimentos, alerta que a situação do Corinthians é delicada, com dívidas que se aproximam de R$ 3 bilhões. Se a gestão não mudar, o futuro do clube pode ser sombrio.
Ricardo Jacomassi, da TCP Partners, enfatiza que a reconstrução de um clube passa pela reestruturação da gestão financeira. Alguns clubes, como o Bragantino, se tornaram referências após transformações significativas.
Eduardo Corch, consultor de marketing esportivo, ressalta que clubes bem estruturados têm mais chances de atrair patrocinadores fortes e aumentar suas receitas, criando um ciclo positivo que pode levar a melhores resultados em campo.
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